GRÃOS DE AREIA



LEITURA AKÁSHICA

Me vejo em uma praia. Olho o horizonte, o mar a minha esquerda. Percebo a areia grossa pela qual caminho. Dourada.

O índio está comigo. Somos um e ouço suas palavras com atenção.

- Somos como esta areia. Pequenos fragmentos de existência. Podemos parecer desimportantes, pois, qual a falta faz um grão em meio a tantos? Porém, são estes tantos, a unidade da experiência da praia em si. Sem cada um destes grãos, esta programação não existe. E, te digo mais, cada um destes grãos está aqui por escolha própria, pavimentando a cena na qual tu andas pela praia.

É assim nossa existência. Os papéis pavimentam as cenas. Cada papel que escolhemos viver - nós e nossos irmãos - pavimentam toda esta programação espacial. A estrutura.

Estamos aqui, não por acaso, porém, por escolha. Às beiras deste novo tempo que se aproxima.

Não haverá derramamento de sangue aos que sabem viver. Não haverá sofrimento aos que percebem ser a cena parte do teatro maior. Somos todos parte das cenas. Não culpados, nem vítimas. Apenas composição. Apenas partículas de areia na infinita praia cósmica.

Cada qual com sua coloração e forma, cada qual com sua dureza e natureza. Mas todos partículas da mesma estrutura cenográfica.

Caminhando sobre a areia, não sentimos um ou outro grão separadamente, porém, sabemos que, sem todos eles, não teríamos um solo sob nossos pés para caminhar. Em unidade, somos a estrutura.


Livia Burity
Canalização em 18/10/2018
Gratidão aos Mestres da Unidade 

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